Tumores oculares são lesões expansivas, geralmente nodulares, com natureza benigna ou maligna (câncer). Qualquer estrutura dos olhos pode ser acometida por tumores. O câncer ocular é uma doença rara e tem cura, principalmente se houver um diagnóstico precoce. Os tumores podem ser primários, se originados a partir dos tecidos oculares, sendo o Retinoblastoma o tumor maligno mais frequente na criança, e o Melanoma, o tipo mais frequente no adulto. Eles podem ser também secundários ou metastáticos, quando se originam em outras partes do corpo como mama, rim, pulmão, e se disseminam pelo organismo até atingir as estruturas do olho. A oncologia ocular é uma sub-especialidade da oftalmologia e se encarrega de tratar esses tumores do globo ocular.
A braquiterapia ocular é uma forma de tratamento que permite a destruição de
um tumor, evitando a retirada do globo ocular. Pode ser utilizada no tratamento de
vários tumores como: Melanoma de íris, corpo ciliar e coróide, tumor
metastático, hemangioma de coróide, retinoblastoma, tumor vasoproliferativo e
em alguns casos específicos de tumor de conjuntiva.
Após um planejamento cuidadoso junto ao médico radioterapeuta, a placa é
colocada por fora do globo ocular, através de uma cirurgia. Durante o
tratamento, o paciente deve permanecer internado e a duração é em média 4
dias.
O tumor tende a reduzir seu tamanho após 3 meses do tratamento. Usualmente o
tumor regride 40% de seu tamanho original, e raramente desaparece, porém
permanece inativo.
O paciente deve ser realizar exame oftalmológico a cada 3-4 meses após 1 ano
do tratamento e depois o acompanhamento passa a ser semestral. O tratamento
de braquiterapia oftálmica pode provocar embaçamento ou diminuição da visão,
dependendo do tamanho e localização do tumor, mas raramente causa cegueira.
A Dra. Priscilla realiza cirurgia de braquiterapia oftálmica, com placa de Iodo
125, em hospitais especializados em São Paulo.
Dúvidas Frequentes
O que é braquiterapia ocular?
É um tratamento de radioterapia, no qual uma placa radioativa é colocada na parte externa do olho do paciente, através de uma cirurgia, para tratamento de tumores que estejam localizados dentro do globo ocular. Durante o tratamento, que dura em média 4 dias, o paciente permanece internado em hospital. Após o término do período de tratamento, esta placa é retirada e o paciente recebe alta do hospital. A partir de então, é feito o acompanhamento do paciente em consultório. A vantagem deste tratamento é possibilitar o tratamento de tumores que se localizam dentro do olho, preservando o globo ocular e a visão do paciente.
Como é feito o tratamento do carcinoma espino-celular de conjuntiva?
Em muitos casos podemos utilizar a quimioterapia tópica. Este tratamento é realizado com colírios de quimioterápicos manipulados e permite, em muitos casos, que se evite uma cirurgia. O tratamento deve ser indicado e acompanhado por um oftalmologista especializado.
Como e quando é feita uma biópsia de tumor ocular?
A biópsia pode ser feita através de cirurgia ou através de punção por agulha fina, dependendo do tipo e da localização do tumor. Está indicada para confirmar diagnóstico de tumores malignos ou benignos e principalmente para casos onde há dúvida no diagnóstico.
O que é citologia de impressão?
A citologia de impressão é um método para coleta de células de tumores que estejam localizados na superfície do olho, na conjuntiva ou córnea. A coleta é feita com colírio anestésico e no consultório médico. A vantagem deste exame é a possibilidade de diferenciar tumores malignos e benignos, confirmar diagnósticos, evitando uma cirurgia.
A Profissional
Dra. Priscilla Ballalai Bordon - CRM 89069
Oncologia Ocular/Oftalmopediatria
A Dra Priscilla atua há 20 anos na área de Oncologia Ocular. Formada em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina, onde fez residência médica em Oftalmologia. Realizou especialização em Oncologia Ocular no Hospital do Câncer AC Camargo, em São Paulo e na Universidade Federal de São Paulo.
O Retinoblastoma é o tumor intra-ocular maligno mais freqüente na criança . Ocorre em
aproximadamente 1 para 15.000 nascidos vivos.Pode ser uni ou bilateral, sendo os casos
bilaterais decorrentes de mutações germinais. A idade de diagnóstico é em média 18
meses, sendo 12 meses para tumores bilaterais e 24 meses para tumores unilaterais.
O principal sinal do Retinoblastoma é a leucocoria ou pupila branca. Toda criança com
suspeita de Retinoblastoma deve ser examinada por um oftalmologista experiente, sob
anestesia geral, e o diagnóstico e feito através do exame de fundo de olho.
O tratamento do Retinoblastoma envolve uma equipe multidisciplinar composta de
oftalmologista especialista em oncologia ocular, oncologista pediátrico, radioterapeuta e
outros. As modalidades de tratamento variam conforme o caso, e se a doença e uni ou
bilateral.
O tratamento pode ser conservador, que inclui quimioterapia, laser, crioterapia,
radioterapia, ou pode ser cirúrgico, no qual e realizada a remoção do globo ocular.
Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores a chances de preservar o globo ocular e a
visão. Felizmente as chances de cura de uma criança com Retinoblastoma chegam a
mais de 95%.
MELANOMA
O Melanoma é um tumor maligno que cresce numa camada abaixo da retina,
chamada coróide. Este tumor é raro, e afeta pessoas de meia-idade ou idosos.
Pode surgir na íris, corpo ciliar e coróide posterior. Dependendo de sua
localização e tamanho, pode dar sintomas visuais como sombra ou mancha no
campo de visão.
O diagnóstico do Melanoma é feito através do exame do fundo do olho, realizado pelo
oftalmologista. Utiliza-se também a avaliação através da ultrassonografia ocular para
se determinar o tamanho e as características do tumor. Pacientes com "pintas" no
fundo dos olhos podem ter predisposição ao surgimento deste tumor.
Com estes dois exames, e possível confirmarmos o diagnóstico de Melanoma
em 96% dos casos.Em alguns casos atípicos, pode ser necessária a realização de
biópsia para confirmação diagnóstica.
O tratamento do Melanoma depende basicamente do seu tamanho. Tumores com
ate 10 mm de espessura e 16 mm de base podem ser tratados de maneira
conservadora, com Braquiterapia ocular com Iodo 125.
CARCINOMA DE CONJUNTIVA
O carcinoma espino-celular conjuntival é o tumor maligno mais freqüente na
conjuntiva. Apresenta um aspecto esbranquiçado com vasos dilatados ao redor.
Apesar da ocorrência de metástases deste tumor ser raro, ele tem grande
capacidade de invasão local e pode levar a perda do globo ocular.
Quando diagnosticado numa fase inicial (neoplasia intra-epitelial), pode ser
tratado com cirurgia e/ou quimioterapia tópica.
Tumores maiores devem ser removidos cirurgicamente, com técnica adequada e
margens cirúrgicas amplas e crioterapia para evitarmos a recidiva do tumor.
A Dra Priscilla e pioneira no Brasil no uso de quimioterapia tópica no
tratamento de tumores conjuntivais.
A PROFISSIONAL
Dra. Priscilla Ballalai Bordon
Oncologia Ocular/Oftalmopediatria
Formada em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina, onde fez
residência médica em Oftalmologia.
Realizou especialização em Oncologia Ocular no Hospital do Câncer AC
Camargo, em São Paulo e na Universidade Federal de São Paulo.
Possui título de especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia
Doutora em Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.
Pós-doutorado em Oftalmologia pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
Trabalhou como médica voluntária no setor de Oncolologia Ocular da
UNIFESP, do qual foi chefe por três anos. Atualmente atua como voluntária na
Faculdade de medicina da USP.
Atua como médica pesquisadora em tumores oculares na Universidade São
Paulo (USP), em particular em tumores da conjuntiva, onde foi pioneira no
Brasil no tratamento com quimioterapia tópica.
Outras áreas de trabalho incluem tratamento de tumores intra-oculares malignos
e benignos: Melanoma de coróide, Retinoblastoma, Tumores metastáticos,
Leucemias e Linfoma, Hemangioma de coróide, dentre outros.
É cirurgiã especializada em Braquiterapia Oftálmica, no Hospital Albert
Einstein, em São Paulo e em hospitais especializados.
É autora de vários artigos científicos e capítulos de livros.
É palestrante de Congressos nacionais e internacionais.
Ex Presidente e Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Ocular (2011-
2013) www.sboo.com.br
Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia www.cbo.com.br
Membro da Academia Americana de Oftalmologia www.aao.org
Membro da Sociedade Panamericana de Oftalmologia www.paao.org
Membro da Association for Research and Vision in Ophthalmology - ARVO www.arvo.org
Membro da International Society of Ocular Oncology www.isoo.org
Se trata de um tratamento com radioterapia, em que uma placa radioativa é colocada na parte externa do olho do paciente, por meio de cirurgia, para tratamento de tumores que podem estar localizados no globo ocular.
O tratamento dura em média quatro dias, e durante o procedimento o paciente deve permanecer internado no hospital. Após o período de tratamento, a placa é retirada e o indivíduo pode receber alta. Depois disso, é feito o acompanhamento do paciente no consultório. A grande vantagem é que a Braquiterapia Ocular possibilita o tratamento de tumores localizados dentro do olho, preservando assim o globo ocular e a visão da pessoa.
TRATAMENTO DO CARCINOMA OCULAR ESPINOCELULAR DE CONJUNTIVA
Em muitos casos é utilizada a quimioterapia tópica. É um tratamento realizado com colírios de quimioterápicos manipulados, que geralmente permite evitar a cirurgia. O tratamento deve ser indicado e acompanhado por um profissional oftalmologista especializado na área.
EXAME DE CITOLOGIA DE IMPRESSÃO
A citologia de impressão é um método para coleta de células de tumores que estejam localizados na superfície do olho, na conjuntiva ou córnea. A coleta é feita com colírio anestésico e no consultório médico. A vantagem deste exame é a possibilidade de diferenciar tumores malignos e benignos, confirmar diagnósticos, evitando uma cirurgia.